Aqui estão algumas músicas de St. Vincent capazes de agradar os fãs do rock and roll
A cantora, compositora e guitarrista americana de pop rock, indie rock, industrial e art rock St. Vincent é um xodó da crítica especializada, tanto que sempre teve todos os álbuns extraordinariamente bem avaliados. Por isso, fiz uma análise sobre todas as suas músicas buscando algo que tenha a ver com o bom e velho rock (este artigo foi escrito há alguns anos e foi atualizado, acrescentando uma análise das canções dos dois álbuns mais recentes). O que eu descobri…confira:
Ao todo, St. Vincent gravou 7 álbuns de estúdio, “Marry Me” (2007), “Actor” (2009), “Strange Mercy” (2011), “St. Vincent” (2014), “Masseduction” (2017), “Daddy’s Home” (2021) e “All Born Screaming” (2024), além de um EP em parceria com David Byrne, “Love This Giant” (2012) — este não foi analisado.
Gostando ou não da labuta inovadora de Anne Erin Clark (seu nome verdadeiro), é preciso reconhecer que ela tem relevância no cenário musical do século XXI. Por isso, dei um pente-fino em todos seus álbuns e achei difícil encontrar algo com uma pegada mais rock ou mais energia, principalmente nos primeiros. Já no mais recente (e nos shows), a coisa muda de figura.
Anne já revelou que bebeu na fonte de artistas cuja originalidade é forte caraterística, tais como: David Bowie, Kate Bush, King Crimson, Pink Floyd, Talking Heads, Jimy Hendrix, Patti Smiths, Tool e Siouxsie Sioux. No entanto, seu som também parece ser influenciado por artistas como: Prince, Kraftwerk, Devo e Fank Zappa.
Clark gravou dois álbuns inteiros sem baixo, “Strange Mercy”(2011) e “St. Vincent” (2014), utilizando sintetizadores para fazer as bases, por isso dificilmente você vai encontrar num álbum dela algo inovador com esse instrumento, como já fizeram, por exemplo: John Deacon (Queen), Chris Squire (Yes), Geddy Lee (Rush) ou John Entwistle (The Who).
Quase sempre o que se encontra em sua obra é uma bela voz, inovação no aspecto melódico e uma guitarra nada convencional saturada com efeito fuzz. No entanto, excetuando seu álbum de 2024, raramente se encontra algo de novo no que tange bateria, baixo ou teclado, por exemplo, e nem mesmo a maioria as letras impressiona.
De fato, em seus primeiros trabalhos, a compositora usou jogos de palavras com alguma criatividade, mas que não passam perto de algo mais profundo ou que se possa chamar de brilhante. Em certas letras, as respostas sugeridas para questões existenciais vinham de ideias simplistas e surradas do tipo “ache sua cara-metade, só o amor resolve”. As rimas raramente foram bem trabalhadas. São letras existencialistas, quase lisérgicas, por vezes pretensiosas e nem sempre com conteúdo aproveitável; apenas pessimismo sem o cuidado de sugerir antídotos, mas paliativos e anestésicos (drogas) para a dura realidade. É puro niilismo produzido por um aparente vazio existencial completo.
Felizmente, no seu mais recente álbum batizado “All Born Screaming” (2024) a coisa mudou radicalmente de figura. De fato, o último trabalho da moça é o melhor e mais chegado ao rock and roll, para alegria geral da nação rockeira.
De modo geral, a obra de St. Vincent é pop, contudo não pode ser enquadrada como comercial. Além disso, mesmo usando guitarra de forma barulhenta, nem sempre é capaz de agradar os rockeiros menos ecléticos, mas pode ser interessante para quem busca conhecer alternativas sonoras.
“Marry Me” (2007)
O pessimista do primeiro CD “Marry Me” tem muito experimentalismo e pioneirismo, mas está recheado de baladas com melodias que parecem paradoxalmente inspiradas em canções dos anos 1940 e 1950. O nome desse CD de estreia até poderia ser algo como: “Quero Ser a Nova Édith Piaf” ou coisa parecida.
Além disso, a faixa instrumental “We Put a Pearl in the Ground”, por exemplo, foi tocada pelo excelente tecladista Mike Garson — que já trabalhou com David Bowie, The Smashing Pumpkins e Nine Inch Nails —, mas o resultado é uma música melancólica para ouvir em elevador ou em consultório de dentista.
O CD todo é quase insuportável para um rockeiro na primeira audição, mas melhora (um pouco) depois. Enfim, é inegável o lado inovador e experimental do álbum que conta com alguns ótimos músicos, embora ele não seja de maneira nenhuma direcionado ao público mais chegado ao bom e velho rock and roll.
Na cozinha, a própria vocalista, compositora e guitarrista resolveu assumir o baixo, exceto em “Now, Now” (onde é tocado por Mark Pirro), afinal o CD era dela, mas não foi uma boa ideia. Já nas baquetas, Brian Teasley, o baterista e fundador da banda de surf rock, Man or Astroman, deu conta do recado.
A letra da canção-título “Marry Me” já sinalizava para a multipolaridade da autora: “Sou inconstante como uma boneca de papel sendo chutada pelo vento”. Por sua vez, a letra de “Jesus saves, I Spend”, sugere que buscar a salvação da alma seria burrice, o bom mesmo seria chutar o balde; filosofia rasa, de boteco, oca…
“Your Lips Are Red” (acima) tem uma letra melhorzinha, mas bem sofrível. Entretanto, tem uma melodia orquestrada que parece até coisa do saudoso Frank Zappa (mas sem os músicos espetaculares do Mothers of Invention) e onde se destaca o já citado pianista Mike Garson.
“Actor” (2009)
Lançado em maio de 2009, o segundo álbum é bem soturno mas é melhor que o antecessor, apesar do monte de músicas lentas com pretensiosas letras cheias de pseudo -filosofia e que falam da agonia da autora por estar viva, como as monótonas: “Neighbours”, “Save Me From What I Want” e “Laughing With a Mouth of Blood”.
Essas baladas arrastadas deram a tônica de “Actor”e usaram nas letras a fórmula infalível para agradar, no século XXI, a crítica especializada, descolada e muito mais “inteligente” que o resto da humanidade: niilismo, desesperança, ironia sobre o Cristianismo, vazio existencial, bad trips e ressacas.
Já “Black Rainbow” e “The Party” são bem chatas e tocadas no estilo pop barroco, com melodias que lembram até certas músicas fajutas da MPB — não me refiro a aquelas ótimas da música nacional, mas a algumas feitas por compositores do segundo ou terceiro escalão.
No entanto, nem tudo foram espinhos, “Actor” contou com dois baixistas de verdade e trouxe as canções: “Marrow”, que é muito melhor quando executada ao vivo (como no vídeo acima); o pop rock “Actor Out of Work”e a agradável “The Strangers”, que começa tediosamente, mas culmina um pouco mais rock.
“Strange Mercy” (2011)
O terceiro trabalho batizado “Strange Mercy” é muito melhor que os dois primeiros e passeia por diversos estilos: progressivo, art rock, post-punk e art pop. Nas letras, mensagens de duplo sentido e os mesmos temas de sempre: crítica ao cristianismo, tédio, auto-destruição, niilismo, ansiedade, desespero e por aí vai.
Gravado sem baixo, o álbum trouxe as ótimas faixas “Cheerleader” (no primeiro vídeo deste post) e “Strange Mercy” (abaixo), embora ambas sejam tocadas muito melhor ao vivo. “Surgeon” (acima) e “Northern Lights” são temperadas com som propositalmente sujo de guitarra e por isso também merecem ser mencionadas.
Algumas músicas de “Stange Mercy” ganharam novos arranjos e muito mais energia nos palcos durante as turnês de 2017 e 2018. No início deste post, você pode conferir St. Vincent tocando “Cheerleader”, a minha favorita, acompanhada por Toko Yasuda (baixo e sintetizador) Daniel Mintseris (teclados) e Matt Johnson (bateria).
“St. Vincent” (2014)
O quarto foi nomeado simplesmente “St. Vincent” e lançado no início do ano de 2014. Outro álbum que foi aclamado pela crítica e no qual foram usados novamente muitos sintetizadores e pedal fuzz na guitarra. Outro trabalho sem baixista e permeado de canções com rimas muito fracas e que falam de sexo casual, principalmente.
Destaques positivos para “Huey Newton” (acima) e “Psychopath”, feitas com abordagem ligeiramente mais rockeira. Por sua vez, “Strange Mercy” é uma balada legal, e “Prince johnny” é uma canção pop acima da média que dá para escutar enquanto você estiver ocupado trabalhando, lavando louça ou arrumando o quarto.
“Masseduction” (2017)
O quinto trabalho ganhou o nome de “Masseduction” e foi gravado em dois dias com material que Clark acumulou enquanto esteve em turnê. Para produzi-lo e criar uma atmosfera estilo anos 80, foi convidado Jack Antonoff, vocalista da banda Bleachers. Esse álbum lançado em 2017 merece destaque especial.
A bolacha contou com a participação de Jenny Lewis, vocalista da banda de indie rock, Rilo Kiley, e trouxe também o conceituado baixista Pino Palladino, que já trabalhou com The Who, Jeff Beck, Nine Inch Nails, John Mayer Trio e outros grandes nomes ligados ao rock and roll.
O conceito oitentista incluiu acessórios de látex, rostos cobertos e entrevistas dentro de um cubo rosa choque. Trata-se do melhor trabalho e também teve aclamação unânime pelos principais especialistas, com destaque para o hit “Los Ageless” (abaixo), a ótima “Pills” (acima), a boa “Savior”e a aproveitável faixa-título.
Mas nem tudo foram rosas: a cantora deu um chupada tão grande em “Lucy in the “Sky with Diamonds”, dos Beatles, para usar em “Happy Birthday, Johnny”, que deve ter deixado até marca de chupão vampiresco no pescoço do Paul McCartney ou no cadáver de John Lennon! Pegou muito mal essa falta de originalidade.
A letra da cadenciada “Slow Disco” (abaixo) revela a predileção da autora pelos ritmos lentos, os quais, de certa forma, fazem sua carreira se distanciar do rock. Ao contrário da maioria das canções de Clark, “Young Lover” tem uma boa letra que fala do suicídio de um jovem, apesar do ritmo não ter nada a ver com rock.
“Masseduction”contém letras voltadas a quem não tem problema nenhum daqueles que a maioria das pessoas têm — relacionados a trabalho, saúde ou família —, exceto talvez no que tange os relacionamentos sexuais, e inspiradas em preocupações existencialistas fabricadas pela mente de uma rebelde sem causa.
Daddy’s Home (2021)
Lançado em maio de 2021, “Daddy’s Home” tem 15 faixas (e a faixa bônus “New York”, de 2017, na edição japonesa), onde o objetivo dos produtores — a própria cantora e Jack Antonoff — parece ter sido alcançado: sobram originalidade e psicodelia pasteurizada, mas não há nada com alguma energia ou rock and roll.
O trabalho é tão fraco que o maior mérito de “Daddy’s Home” é ter um baixo de verdade, ao contrário de outros álbuns, quase sempre tocado pelo produtor Jack Antonoff (que já trabalhou com Taylor Swift, Land Del Rey, Lorde, Bleachers etc). As faixas contêm melodias sem graça e letras bem (bem, bem, bem..) fracas, só servindo como música ambiente. Pois é, a única serventia para quem gosta de rock é que talvez sirva para tocar quando sua avó ou aquele amigo Nutella e menos afeito ao rock and roll estiverem lhe visitando como alternativa para um pagode, sertanejo, MPB ou funk.
O álbum abre com a morna balada “Pay Your Way in Pain”, que não diz absolutamente nada para quem gosta de rock. A letra é mais do mesmo de outros álbuns: bad trip, vazio existencial…a maioria das rimas são fracas, mas tem algumas poucas interessantes. “Down and Out Downtown” vai pelo mesmo caminho da faixa anterior. Apesar da bela voz da moça, a melodia é sem graça, a letra é ainda pior e tem rimas abaixo da crítica.
A faixa-título é minimalista e sonolenta ao extremo. “Live in the Dream” é a antítese do rock, parece um plágio desleixado de alguma balada do Pink Floyd com uma letra sem graça, deprê e rimas péssimas. Estas duas faixas burocráticas mostram que a queridinha da crítica chic, St Vincent, se acomodou.
Já “The Melting of the Sun”, tem uma melodia um pouco melhor, comparando com as do início do álbum, mas evidencia descuido na composição, mesmice e glamourização pra lá de démodé do o uso de drogas pesadas, tudo isso feito com uma poesia com ainda menos inspiração que as das faixas iniciais.
Mas que é ruim sempre pode piorar, como mostram “Humming (Interlude 1)”, “Humming (Interlude 2)” e “Humming (Interlude 3)” que ganham nota zero.
Da faixa “The Laughing Man” só se salva a bela voz. Ela vai pela mesma toada e demonstra ainda mais preguiça da dupla de compositores e produtores. “Down” tem melodia e um groove razoáveis, riffs interessantes, alguma inovação, mas o resto….Que letra ruim, barbaridade!
Nem a linda voz de St Vincent e alguns solinhos marotos na guitarra são capazes de salvar “Somebody Like Me”. Se os temas sugestivos e lisérgicos das letras anteriores já eram de péssimo gosto, aqui temos referência ao suicídio. Fundo do poço.
A décima primeira faixa tem bons vocais e riffs de guitarra bem mais ou menos. Não obstante, o vazio existencial urbano com melodia psych pasteurizada prossegue com “My Baby Wants a Baby”, coroando o álbum como o pior da cantora.
“…At the Holiday Party” parece ser outtake de algum trabalho anterior, por isso é talvez a melhor do álbum. Como de hábito, muito bom vocal, melodia agradável (que destoa do resto das faixas), arranjos interessantes e ponto. Confira ao vivo:
Mas nem tudo está perdido, e a balada (mais uma!) “Candy Darling” também se salva, principalmente como música ambiente. A letra parece ter sido escrita às pressas e é desprovida de sentido. A canção melhora (pouco) a cada audição.
All Born Screaming” (2024)
Lançado em abril de 2024, “All Born Screaming” é inegavelmente muito mais robusto do que o supervalorizado e sonolento trabalho anterior de St. Vincent. Além disso, é preciso louvar novamente a utilização do baixo, instrumento completamente abandonado nos primeiros álbuns da cantora. Este álbum de 2024 foi produzido pela própria artista norte-americana, tem mais rock and roll no preparo e conta com a participação de grandes feras.
A bolacha já empolga logo de cara e abre com “Hell Is Near”, que tem uma ótima levada de baixo tocado pela cantora e por Justin Meldal-Johnsen (produtor e multi-instrumentista que já trabalhou com Nine Inch Nails, Garbage, Poppy, Metric e Paramore, entre outros). O auxílio luxuoso do baterista do Foo Fighters e do Devo, Josh Freese, merece menção. A letra deixa de lado o niilismo de outrora, aborda experiências pessoais e toca até mesmo em temas religiosos e sobrenaturais.
A segunda faixa é “Reckless”que tem como um dos pontos fortes a ótima letra. Começa como uma balada calcada na bela voz de Clark, mas tem final apoteótico com bons riffs de guitarra.
“Broken Man” é industrial rock de primeira, uma das melhores canções da cantora nova-ioquina que tira um ótimo som na guitarra e tem Meldal-Johnsen (baixo) e Dave Grohl (bateria) mandando ver na cozinha, além de ter uma ótima letra.
“Flea” acerta em cheio para quem curte rock and roll. Trata-se de outra agradável surpresa e também conta com o ex-baterista do Nirvana e líder do Foo Fighters Dave Grohl nas baquetas. Ao contrário de muitos dos trabalhos anteriores, ST. Vincent comprova que fez ótimas letras neste álbum de 2024.
“Big Time Nothing” é outra canção bem legal para quem gosta de rock e também está entre as melhores já feitas por Annie Clark. Mais uma letra muito boa, sincera, que aborda experiências pessoais da autora e feita com ótimas rimas.
Já “Violent Times” é muito bem produzida, lembra um tema de 007, tem como destaques um saxofone excelente tocado por David Ralicke e os teclados tocados por St. Vincent mimetizam os metais daqueles ótimos filmes policiais dos anos 70, adorados por Quentin Tarantino. A letra inspirada traz um certo otimismo pós-pandemia. Show de bola.
A balada “The Power’s Out” destoa do álbum e remete a trabalhos monótonos anteriores, possivelmnete é outtake antigo.
“Sweetest Fruit” é um synthpop que começa devagar mas consegue melhorar com bons riffs da Annie, que deram um upgrade considerável na melodia. Confira esta versão que tem Jason Falkner (guitarra), Charlotte Kemp Muhl (baixo), Rachel Eckroth (teclado) e Mark Guiliana (bateria):
A penúltima música é “So Many Planets”, que tem na melodia inventiva algo frio mas paradoxalmente de caribenho. O principal destaque é a guitarra (que St. Vincent tocou em todas as faixas). A letra mostra amadurecimento (tardio?) da autora de 41 anos e parece enfocar o quão fora de moda é viver uma vida vazia e que girou muito tempo em torno das drogas.
A faixa-título fecha um álbum muito bem feito e capaz de agradar a maioria dos fãs do bom e velho rock and roll. “All Born Screaming”conta com a participação da competente guitarrista Cate Le Bon, com quem Clark divide a autoria, e da ótima baterista Stella Mozgawa, da banda de indie rock Warpaint.
Refletindo sobre St. Vincent
Em outras décadas, substâncias, como maconha, cocaína e LSD, principalmente, eram agregadas a utópicos discursos de contracultura e revolucionários. Embora viessem sem bula, havia nessas drogas uma (equivocada) esperança de cura contra algumas das principais mazelas do mundo: guerras, pobreza, violência etc.
As drogas aparentam estar na maior parte das entrelinhas das letras dos primeiros trabalhos da artista, conferindo um certo “glamour”, entretanto as mortes de tantos dos nossos heróis por overdose, como diz a canção do Cazuza, tirou qualquer aura de algo bom nisso, incluindo o álcool, que vitimou John Bonham, Bonn Scott e Jimi Hendrix, entre outros.
De fato, as drogas sintéticas passaram a ser o novo “barato” contra o tédio e são utilizadas em larga escala pelo beautiful people de grandes metrópoles do primeiro mundo, como Nova York, cidade adotada pela talentosa Clark. Talvez isso explique o motivo de o quão exageradamente reverenciada ela vinha sendo.
Contudo, passando uma lupa nas letras do excelente e mais recente álbum “All Born Screaming” (2024), tudo indica que Annie Clark amadureceu e percebeu que o uso de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, sem orientação médica, não traz solução para patologias contemporâneas ligadas à ansiedade e depressão (de fato, pode até agravar essas condições). As letras sugerem que a solução pode estar no desapego material e na busca pelo crescimento pessoal por meio do transcendente.
Curiosidades sobre St. Vincent
A turnês que se seguiram ao lançamento de “Masseduction” marcaram mudanças radicais na carreia da antes low profile artista, que usou figurinos bem menores e muito sensuais. Ela também cortou a cabeleira rebelde e passou a adotar um look Chanel alisado como o de muitas modelos de capas das melhores revistas de moda.
Guitarra Elétrica TAGIMA
A captação com três single coils remete a grandes timbres da história da música e inclui uma ponte trêmulo e tarraxas blindadas cromadas. Controles com 2 tones e 1 volume.
Foram turnês com som emborrachado, figurinos de tecido sintético ou mesmo plastificado que remetiam aos anos 80, quando sintetizadores eram uma grande novidade e se espalharam como uma peste em álbuns de estúdio de artistas de vários estilos, substituindo bateristas, baixistas e guitarristas de carne e osso.
Talvez por isso essas turnês tão especiais e que investiram pesado na imagem tenham utilizado um visual robótico, e St. Vincent tenha adotado nos palcos a aparência de uma boneca com reveladores maiôs cavados que compunham um bizarro e original look andróide-futurista inspirados no filme “Barbarella”.
Um detalhe mais técnico dessa época foram as guitarras, cada qual de uma cor, utilizadas por Annie e que agregaram ainda mais ao visual robótico, fruto de uma parceria com a empresa Ernie Ball Music Man, que criou uma linha especial de guitarras com o nome St. Vincent Signature Collection.
Colaborações de St. Vincent
Entre as colaborações mais legais da vencedora do Grammy vale destacar a participação com o Nirvana no Rock and Roll Hall of Fame (no início deste post), a parceria que rendeu até um álbum com o ex-líder dos Talking Heads, David Byrne, e o remix de “Uneventful Days” no álbum de Beck, que você pode conferir aqui:
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